sábado, 24 de julho de 2010

a graus de distância

uns quantos paralelos mais abaixo (em Luanda) pensa-se na quinta.
como sei escrever de olhos fechados, consigo escrever enquanto visualizo o prado grande antes de chegar ao rio.
contabilizo na minha cabeça mais uma tarefa que ficou por fazer na última visita: rebolar desde o topo ao final, esmagar debaixo de mim umas ervas compridas, e ganhar no cabelo pólen suficiente para que o nuno espirre o resto do dia.
lembro-me do "where the wild things are" e sinto-me mesmo feliz por ter um local onde posso brincar assim, correr, gritar, grunhar, ser bicho, dispersar a energia e adormecer de seguida: bum bum bum bum, de coração encostado à terra e aos bichinhos de contas.

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