
Sou um emigrante. Licenciado e tal, mas mesmo assim emigrante. A quinta já tem um claro sinal de que foi ocupada por outros emigrantes. Falo das duas palmeiras junto à capela. Não sendo nativas da Beira Baixa, fica a curiosidade de terem sido trazidas pelo Padre Sarafana, o ilustre proprietário da quinta, o qual foi missionário em África e de lá quis trazer um dos seus símbolos.
Podia ter sido outra coisa que não uma palmeira: um django, um embondeiro, um mamoeiro, uma cubata... por mim ficava-me pelo django, como o meu símbolo de uma emigração marcante. Um bem pontiagudo que as primeiras chuvas e ventos certamente fariam num caco. Agora as palmeiras... de seres alienígenas passaram a seres com carisma, porque nasceram numa qualquer aldeia (da agora CPLP) e resistem aos invernos mais rigorosos. O Verão deve ser a única altura em que se lembram da sua terra mãe, porque esta terra é por enquanto um pouco mais pobre do que a sua. Mas que vai sendo apesar disso generosa. Como generosa é a sombra que já nos deu (na foto, o almoço da task force do buraco no telhado).
quem me dera ser palmeira e ser transplantada para metrópole!
ResponderEliminarDás tâmaras, cocos ou óleo de palma?
ResponderEliminarSe sim, manda vir mais duas como tu!
Bruno M.
Sugiro que plantes lá Jibumgo.
ResponderEliminarNão vá um vizinho lembrar-se de trazer elefantes